Você sabe quais são as 3 principais funções do motion em uma interface? Na junção entre o motion design e as interfaces digitais, surge o UX Motion. Este encontro inovador não apenas transforma a estética das interfaces, mas redefine a experiência do usuário, colocando a usabilidade em primeiro plano.
Quando falamos de usabilidade, podemos defini-la rapidamente como a facilidade de uso de um app ou site. Ela é vital para o sucesso de qualquer interface digital, impactando diretamente na experiência do usuário. Quanto mais simples e eficiente, melhor será essa experiência. A ideia é tornar tudo intuitivo e fácil de usar, para que ninguém se frustre tentando entender como as coisas funcionam.
O UX Motion utiliza a interface do usuário (UI) como um meio para melhorar a experiência do usuário (UX). Ele cria um diálogo visual e funcional que facilita a navegação e enriquece a interação. Esta abordagem oferece oportunidades únicas tanto para designers quanto para usuários, abrindo novas fronteiras na maneira como interagimos com a tecnologia digital.
Porém, não basta apenas adicionar movimento. Afinal, o motion em uma interface exerce diversas funções. Neste artigo, vamos focar nas 3 principais funções do motion em uma interface.
1. Funções do motion: Facilitação de Navegação e Usabilidade:
Ao pensar em uma interface digital, a primeira coisa que muitas vezes vem à mente é a sua aparência estética. No entanto, a chave de qualquer produto digital bem-sucedido é a sua usabilidade e a facilidade com que os usuários podem navegar por ele.
Navegação Intuitiva
O motion fornece uma navegação mais intuitiva já que ele serve como um guia visual para o usuário. Essa guia visual através do motion pode ser percebida a partir dos seguintes pontos
- Através da Atenção Dirigida: O movimento pode ser utilizado para dirigir a atenção do usuário para áreas específicas da tela, facilitando a compreensão e a absorção de informações importantes, sem sobrecarregar visualmente.
- O Cueing Visual, que é a capacidade do motion de oferecer uns cues ou pequenas dicas, orientam o usuário sobre como interagir com uma interface sem a necessidade de instruções explícitas.
- Além disso ele fornece um Contexto Narrativo, já que a introdução de elementos dinâmicos pode construir um contexto narrativo. Ele cria uma história visual que facilita a compreensão e a memorização
Fora servir como um guia visual o motion também atua no fluxo de navegação, principalmente com transições. As transições fluidas entre diferentes páginas ou seções de um aplicativo são um componente essencial na construção de uma experiência positiva. Isso é possível de se ver já desde pequenas transições mais suaves, que eliminam o “corte seco” – criando uma sensação de fluidez e continuidade.
Além disso, o motion fornece uma hierarquia visual, que no caso do exemplo acima não é apenas na questão de organização de elementos, mas também um meio de comunicar a importância e a relação entre diferentes componentes de uma página. Ele ajuda a trazer um foco – já que os elementos em movimento atraem mais atenção, ajudando a definir o foco e prioridade em informações cruciais.
Feedback e Resposta
Um outro modo como o motion contribui com a facilidade de navegação e usabilidade é através de feedbacks e respostas. Por meio de animações simples, o usuário pode ser instantaneamente informado sobre o estado atual de uma ação, seja uma confirmação de uma operação bem-sucedida ou uma indicação de um processo em andamento. Um clique num botão é o exemplo mais clássico desse feedback. Ou então uma animação de check ✅ confirmando a ação.
As animações podem servir para minimizar incertezas, fornecendo informações claras e visuais sobre o que está acontecendo no sistema, evitando frustrações e confusões. Essa presença do feedback evita deixar o usuário sem saber se a ação que ele tomou foi computada pelo aplicativo ou não, facilitando assim a usabilidade.
Através do uso estratégico da animação, podemos direcionar o foco do usuário para pontos-chave da interface, garantindo que informações vitais não sejam perdidas. O motion desta forma pode atuar como um realce visual, destacando elementos importantes de uma maneira que é tanto atraente quanto informativa, melhorando assim a compreensão e a assimilação das informações apresentadas.
2. Funções do motion: Melhor Engajamento e Experiência do Usuário:
Agora que entendemos a facilidade de navegação e usabilidade, é hora de trazer o nosso segundo ponto sobre como o motion design pode amplificar a retenção e encantar os usuários em cada interação, construindo uma narrativa visual envolvente e memorável.
Engajamento e Retenção
O Motion Design tem o poder de cativas os usuários desde o primeiro contato. As animações fluidas e os efeitos visuais estimulantes podem criar uma primeira impressão marcante, incentivando os usuários a explorar mais a fundo a interface e a interagir com ela de forma mais profunda e significativa.
Além disso o motion permite contar uma história através da sequência de animações e transições na interface. A narrativa visual vai além da mera apresentação de conteúdo, ela define uma sequência que guia os usuários de maneira intuitiva, criando uma jornada de usuário mais coesa e significativa que ressoa em um nível mais profundo.
Utilizando o motion design, é possível apresentar conteúdo de uma maneira que não apenas informa, mas também envolve. Com transições suaves e elementos interativos, os usuários são incentivados a se envolver mais e a explorar diferentes seções da interface, resultando em uma experiência mais rica e gratificante.
Microinterações
Microinterações são pequenos detalhes que fazem uma grande diferença na manutenção do engajamento contínuo. Desde um feedback tátil (ou seja, quando você toca algum elemento) ou uma animação bem pontuada que responde à ação do usuário, esses pequenos elementos podem manter os usuários engajados, fazendo com que a interface pareça viva e reativa
As microinterações podem servir como uma ferramenta poderosa para surpreender e encantar os usuários. Através de animações inesperadas e elementos que trazem as vezes um sorriso no rosto do usuário 😄, podemos criar uma experiência memorável que vai além da funcionalidade básica.
Porém as microinterações não são somente uma coisa estética – como reforçamos diversas vezes aqui no UXMD. Ao fornecer feedbacks imediatos, elas ajudam na navegação e incentivam a interação. As microinterações podem transformar uma experiência de usuário comum em algo extraordinário, promovendo uma navegação mais intuitiva e aumentando a satisfação do usuário.
3. Funções do motion: Reforço da Identidade da Marca:
Juntos destes 2 pontos que já cobrimos, o motion design desempenha um papel fundamental no fortalecimento e na expressão da identidade de uma marca.
Integração com a identidade da marca
O motion tem se tornado uma ferramenta poderosa na construção e fortalecimento da identidade de ma marca. Através do uso estratégico de animações e transições, as marcas podem criar uma linguagem visual única que ressoa com seu público-alvo, transmitindo valores, história e a missão da marca de forma mais impactante e memorável.
Várias marcas renomadas têm adotado estratégias distintas para integrar o motion design em sua identidade. Por exemplo, a Audi, como já abordamos aqui anteriormente, uma marca consolidada por seu design inovador, utiliza o motion design para ressaltar sua identidade moderna e sofisticada, criando uma experiência de usuário que espelha sua liderança em inovação automotiva. Eles atribuem seus valores de easing (a influência nas curvas de animação) relacionados à performance de seus carros
Expressão da Marca
Seja através da adoção de animações fluidas para transmitir uma sensação de elegância, ou de transições dinâmicas para demonstrar energia e inovação, o motion pode ser uma aliado poderoso na comunicação da essência da marca de uma maneira que palavras somente, não conseguem.
“O motion, quando bem executado, pode servir como um reflexo direto da personalidade de uma marca.”
Para criar uma verdadeira sinergia entre o motion design e a identidade da marca, é crucial manter a consistência em todas as animações e transições. A consistência no movimento não só fortalece a identidade da marca, mas também cria uma experiência de usuário mais coesa e integrada, onde cada elemento trabalha harmoniosamente para comunicar uma narrativa unificada.
Entender as principais funções do motion em interfaces é crucial na era digital em que vivemos. O motion design não é apenas um elemento estético; ele é uma ferramenta poderosa que melhora a usabilidade, engaja usuários e fortalece a identidade da marca. Ao incorporar esses elementos de motion de maneira estratégica, podemos transformar uma interface digital de algo funcional para algo extraordinário. É um convite para inovar no design de interfaces, criando experiências digitais que vão além da eficiência, oferecendo emoção e um visual que realmente chama a atenção.