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Audi Design System e o Motion como Reflexo de Performance

Um design system é essencial para se construir experiências unificadas dentro de uma interface ou plataforma. O motion dentro destes sistemas tem um papel fundamental em garantir que essa experiência se torne mais prazerosa, intuitiva e que seja consistente. Com a expansão de interfaces para cada vez mais plataformas não é estranho observarmos empresas de automóveis preocupadas em criar um sistema coerente de design. Afinal, cada vez mais vemos telas presentes em nossos carros, e o crescimento disto faz com que os automóveis acabem se tornando mais uma peça de tecnologia do que simplesmente um meio de transporte.

Observando o motion em diferentes design systems, e mais a fundo dentro de design systems de carros, encontramos na Audi uma excelente referência de como o movimento é capaz de traduzir a experiência que um condutor tem em meio a um carro da Audi.

https://www.audi.com/ci/en/intro/basics/animation.html

A Audi possui um página em seu sistema de design dedicada exclusivamente para o motion e dentro dele temos alguns pontos que vale a pena termos atenção. O principal a se notar é o fundamento pelo qual o motion dentro da Audi é construído. Como parte do processo de definição de motion systems, os princípios definidos para o design, muita das vezes se traduz para o movimento.

A Audi vai mais além do que é isso. Em uma tradução livre, o sistema Audi define a animação como:

Presença Dinâmica

Nos destacamos por uma mobilidade premium. Desta forma, os movimentos dentro da Audi possuem tipicamente uma característica dinâmica. A base para isso está na curva de animação: inspirada na performance dinâmica de nossos carros, ela é baseada em uma poderosa aceleração no início com uma rápida desaceleração no final.

Essa definição por si só é algo que pessoalmente nos dá arrepio – no bom sentido. Se pararmos para analisar, o sistema de motion da Audi, nada mais é do que um reflexo do que você irá encontrar em seus carros. Ou seja, os movimentos foram construídos para que a experiência Audi pudesse ser vivenciada não somente enquanto você dirige um de seus carros, mas também enquanto interage com seu painel ou app no celular. Isso para nós é um perfeito exemplo de como uma marca pode através da animação criar uma experiência única e memorável que vai de direto encontro com a experiência do produto final que eles vendem.

Se olharmos mais atentamente na curva de animação que é apresentado para a gente neste sistema, conseguimos ver isso muito bem. Como é possível notar na imagem, temos uma velocidade de saída, ou Ease Out, com 75% de influência e uma velocidade de chegada em 95%. Ou seja, dentro do nosso Graph Editor no After, usando o editor de velocidade (Speed Graph), faríamos um gráfico bem acentuado, puxando bastante os handles de cada lado para criarmos animações que estarão presentes dentro deste sistema.

Representação da mesma curva de animação no After Effects

Importante reforçar como a menção do After Effects ali em seu design system, apenas demonstra a relevância deste software para a criação do UX Motion como já falamos diversas vezes.

O Motion tem se tornado cada vez mais fundamental como parte de um sistema de design e o design system da Audi é um grande exemplo de como uma marca é capaz de traduzir aquilo que identifica seu produto, através de design e movimento. Analisar o motion em design systems é um excelente exercício para não somente entender que parâmetros cada empresa leva em consideração, mas também para atribuir maior significado em tudo que construímos e desenvolvemos através da animação.


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    Felippe Silveira
    Felippe Silveira
    Co-Fundador do UX Motion Design, da MOWE Studio (Estados Unidos) e Mestre em Motion Design pela BAU School of Design (Espanha) encarregado de projetos de Motion para clientes como: Google, Adobe, Pepsico, Pfizer, Zeplin, entre outros.