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Por que “UX Motion” e não simplesmente “Motion Design”

Qual é a diferença entre aprender o UX Motion em comparação com o Motion Design tradicional? Esta é uma questão que recebemos de tempos em tempos. Afinal, se você já sabe Motion, ou se você simplesmente estudar o After Effects, já não conseguiria fazer animações para interface?

A resposta pra isso é simples porém contraditória: Sim e Não.

Veja bem, o motion tradicional e o After Effects, quando dominados, te permitirão fazer animações fluidas, com movimentos que podem impressionar e ser extremamente efetivo em vídeos tradicionais. Esse conhecimento é sem dúvida valioso, já que o domínio das curvas de aceleração e dos keyframes, é o que destaca um bom profissional de Motion.

Sendo bem sincero, esta foi a base em que nós do UXMD nos desenvolvemos antes de mergulharmos no universo de animações em interface. Sem dúvida serviu como um pontapé inicial, porém na prática vimos que só isso não é o suficiente.

Aonde o Motion Design e o UX Motion se diferem?

O grande diferencial está no ponto de que as animações de interface possuem critérios e princípios próprios que se diferem não somente na sua execução, mas também no seu planejamento e pensamento por trás dessa execução.

Pensar no usuário, como alguém irá interagir com um produto no qual sua animação está presente; como que esta animação pode facilitar ou prejudicar o entendimento de um ação necessária; o quão leve e otimizado um movimento precisa ser para que ele possa rodar sem problemas em diversos aparelhos; ou até mesmo, qual o timing necessário para que uma microinteração possa ser percebida por usuários usando uma interface ou assistindo um vídeo de apresentação da mesma, são apenas algumas das questões básicas que um UX Motion Designer se faz e que se difere do habitual de um Motion Designer tradicional.

Obviamente que se estivéssemos falando sobre apenas adicionar movimento à um elemento em uma interface em um vídeo de apresentação, um conhecimento básico de After Effects mais do que daria conta. Porém, criar uma animação sem um objetivo, e que não consiga cumprir os requerimentos deste universo, apenas irá trazer um resultado que não será efetivo – embora a primeira vista possa parecer lindo.

Não é a toa que se mergulharmos pelo Dribbble, é possível encontrar milhares de microinterações e animações de interfaces que parecem muito legais, com várias coisas acontecendo, só que na prática nunca conseguiriam ser implementadas. Não pelo ponto de vista técnico ou tecnológico de implementação, mas simplesmente por não ser algo utilizável na prática.

Ou seja, só o conhecimento de Motion Design, não lhe permite criar animações de interface que sejam efetivas, com usabilidade e de qualidade (por mais que seus keyframes possam ser perfeitos). Isto por que o foco do Motion Design é outro, e muita dessas coisas não são algo que um animador padrão precisa se preocupar, ou nem deveria no seu dia-a-dia. Quando trazemos a animação para o mundo da interface, a experiência do usuário (UX) nos obriga a ficarmos mais atentos, a pensar ainda mais sobre como e por que realizamos cada tipo de movimento e o impacto que eles geram nas pessoas. É nesse momento, quando colocamos em prática, que o conhecimento do UX Motion se torna diferencial. Seja na construção de animações de interface para apresentação, para protótipos ou até mesmo na implementação direta em código.

Fluidez com funcionalidade na animação

Claro que sempre será essencial a parte técnica. O conhecimento e a capacidade de se construir animações fluidas e funcionais será sempre fundamental. Mas é isso, “fluido e funcional” e este funcional é exatamente onde os UX Motion Designers focam mais. Por isso, esta é uma área tão especial dentro da animação e do design, pois é onde conseguimos atribuir ainda mais significado para nossas animações.


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    Felippe Silveira
    Felippe Silveira
    Co-Fundador do UX Motion Design, da MOWE Studio (Estados Unidos) e Mestre em Motion Design pela BAU School of Design (Espanha) encarregado de projetos de Motion para clientes como: Google, Adobe, Pepsico, Pfizer, Zeplin, entre outros.