Desde que iniciamos nossa imersão no Motion na Usabilidade, lá em 2017, muita coisa veio evoluindo e muitas mudanças aconteceram. Aquilo que era mais “restrito” às grandes empresas capazes de contratar profissionais somente para esta tarefa, se tornou mais comum desde pequenas startups. O Motion na usabilidade se tornou mais presente e acessível fazendo surgir novas integrações, novos softwares e também novas possibilidades.
2019 e a última década
Antes de falarmos de 2020, precisamos olhar para 2019. Não somente o ano de 2019, mas por se tratar de entrarmos em uma nova década, porque não rever a usabilidade e animação desses últimos 10 anos? A 10 anos atrás o mundo estava cada vez migrando mais para uma vida dentro de interfaces — principalmente em seus celulares. Smartphones cresciam mais e mais, e as redes sociais aos poucos foi tornando parte essencial de nossos dias.
Inicialmente um bom design era o necessário para fazer o usuário ficar presente ou largar de vez um aplicativo. Conforme esses anos foram passando, algo a mais ali foi se tornando o ponto principal: a experiência. Em meio à busca da evolução da experiência, o movimento(motion) se tornou um dos fatores essenciais para que isso acontecesse.
Já no fim desta década, vimos profissionais de animação convergindo com os designers de usabilidade e interface, criando assim uma nova vertente que vem mudando o mercado: o UX Motion Design.
No ano de 2019 o mundo começou a falar mais sobre o UX Motion Design. Empresas começaram a introduzir o Motion como parte fundamental de seus Design Systems e os softwares que antes eram somente focados em Design, iniciaram uma expansão para adotar o movimento.
E isso tudo nos leva ao ano de 2020…
Em 2020:
A evolução dos softwares em combinação com o After Effects será ainda maior
O Bodymovin — que depois se tornou LottieWeb — foi o precursor para fazer com que animações de qualidade se tornassem mais presentes em interfaces. O Lottie como um todo, permitiu empresas a adicionarem movimento às suas experiências através da combinação de um Motion Designer + um Desenvolvedor. Mais recentemente, o WebFlow apresentou a sua integração com o Lottie, tornando a possibilidade de criarmos interatividade com animação em um ambiente de desenvolvimento que não envolvesse código pesado.
O Inspector SpaceTime do Google(que possibilitou exportarmos keyframes específicos em código) e o AEUX (que trouxe para o After Effects novas conexões com o Figma e o Sketch ) são somente alguns exemplos do que podemos esperar mais dessas integrações em 2020.
Novos softwares de animação de interface irão surgir
Em meio às integrações com o After Effects citadas acima, não é de se espantar que novos softwares voltados diretamente para animação de interface surjam por aí. O Haiku Animator, no mercado desde 2018, é um dos que busca competir com o After em animações voltadas para usabilidade.
Com a crescente nas integrações do After Effects com outros programas, criar alternativas mais focadas no UX Motion, é algo que cada vez veremos mais surgindo por aí.
A preocupação com a experiência para o usuário será ainda mais preciosa para as empresas
No final, tudo isso é um resultado daquilo que vemos acompanhando e seguindo a bastante tempo: o aumento cada vez maior da preocupação com a Experiência do Usuário. Se isto esteve em foco dentro das empresas de tecnologia em 2019, em 2020 — e nos próximos anos — podemos esperar um aumento ainda maior de tudo isso.
Vale lembrar que em um mundo bombardeado de aplicativos e softwares que prometem basicamente fazer a mesma coisa, aqueles capazes de ficar na memória e criar uma relação de emoção com os usuários, tem tudo para triunfar.
Em 2020 animação se torna cada vez mais uma parte essencial desse processo, e peça chave na elaboração de experiências memoráveis.