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A Diferença de Timing em uma Animação para Aplicativo vs Explainer Video

Quando falamos de timing dentro de animação, a princípio podemos imaginar que ao dominar um timing bem executado, estaremos prontos para trabalhar em qualquer tipo de projeto. Por mais que o domínio de um controle do timing(ou seja, a aceleração e velocidade dos movimentos) seja algo imprescindível para o desenvolvimento de um UX Motion Designer, diferentes aplicações podem resultar na busca de velocidades e acelerações específicas.

Entendendo as diferentes aplicações

As principais finalidades da animação por parte de um UX Motion Designer, são a aplicação direta em uma interface, ou na criação de protótipos e explainer videos(vídeos explicativos). Ou seja, em um, o resultado da animação sofrerá ação direta do usuário (no caso do uso em interface) enquanto no outro, o usuário(nesse caso, espectador) é passivo e apenas assiste ao que está acontecendo.

Essa pequena diferença entre como o resultado de uma animação é absorvida, significa um grande impacto para o momento de planejamento e execução dessas animações.

Usuário em controle do aplicativo = transições mais rápidas

Quando nossas animações “tocam” diretamente em uma interface, o tempo de transição, entre uma tela e outra, entre um clique e o resultado daquela ação, são mais rápidos do que em comparação com uma animação passiva(explainer videos e protótipos).

Isso acontece porque o usuário está ciente de onde seu mouse ou dedo está indo. Ele já direciona o olhar para o que ele espera interagir. Ele está focado naquele momento e naquela interação.

Percepção do movimento e das ações presentes

Já na aplicação passiva do motion, precisamos guiar os olhares do espectador para que ele preste atenção nos detalhes e nas intervenções que ali estão acontecendo.

É necessário um tempo maior entre uma ação e outra, ou até mesmo na duração de um movimento para que o espectador não perca o que está acontecendo. Se temos uma transição muita rápida em um elemento no canto da tela enquanto o espectador está olhando para o outro canto, não será perceptível essa transição.

O que precisamos ter em mente?

Como em todo projeto de design, é preciso entender a aplicação e função final do que estamos construindo. Antes de iniciarmos qualquer animação, temos que pensar em como que o usuário ou espectador irá vivenciar o que criamos. Em algumas situações, iniciaremos criando um animação protótipo e em um segundo momento essa mesma animação será aplicada diretamente em uma interface. Nesse caso, a duração e aceleração de cada uma das situações será um pouco diferente.

Na próxima animação de interface que você fizer ou assistir, preste atenção na velocidade de cada ação, o quão perceptível ou não certos detalhes e transições se apresentam, e para onde você quer que o usuário direcione seu olhar.

Felippe Silveira
Felippe Silveira
Co-Fundador do UX Motion Design, da MOWE Studio (Estados Unidos) e Mestre em Motion Design pela BAU School of Design (Espanha) encarregado de projetos de Motion para clientes como: Google, Adobe, Pepsico, Pfizer, Zeplin, entre outros.