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Como adaptar um portfólio de Motion para UX Motion


Você sabe como adaptar um portfólio de motion para UX Motion? O primeiro passo para entrar em uma nova área, ou conseguir expandir para um novo mercado, vai além de somente ter algum treinamento ou certificação. O mercado quer ver que você é capaz, que aquilo que você diz saber tanto fazer, que você é capaz de entregar. Por isso na área do Design é comum dizermos que o portfolio acaba por substituir o currículo. Por mais que você possa ter um bom conhecimento e dominar tal assunto, se não tiver como apresentá-lo de forma efetiva, você nunca será escolhido. Já basta nossos traumas de infância na educação física para saber como é ser o último.

Logo, ingressando no UX Motion, é muito importante que você tenha o que apresentar para as empresas ou clientes que irão lhe contratar. Dentro do Motion Design, o Reel (ou Demo Reel) é o meio mais comum para criarmos uma primeira boa impressão. Porém, se você está buscando migrar para o UX Motion, seu reel e portfolio podem não ter conteúdo suficiente para te dar aquele empurrão necessário. Mas relaxa, chega mais que eu vou lhe ajudar a como adaptar o seu portfolio de Motion Design para UX Motion.

1. Entendendo seu objetivo

Antes de mais nada, é importante entender qual seu objetivo construindo um portfolio de UX Motion. Isso é importante pois é o que vai guiar as melhores maneiras com a qual você pode seguir. Diferentes objetivos se beneficiam mais de uma abordagem do que a outra.

Quando falamos destes objetivos, normalmente vimos 2 tipos de profissionais:

  1. Os que estão buscando MIGRAR do Motion para o UX Motion;
    • Ou seja, eles se identificam com essa área. Vêem a oportunidade de se construir um motion com maior propósito e uso do que somente algo visualmente impactante.
  2. Os que buscam OFERTAR um serviço exclusivo de UX Motion;
    • Eles possuem o conhecimento de UX Motion, mas não necessariamente querem largar tudo para focar nisso. Eles vêem mais como uma oportunidade de oferecer algo especializado, ampliar seu leque de serviços e com isso captar novos tipos de clientes.

O primeiro tem suas vantagens já que em um mercado de trabalho competitivo, a especialização é extremamente valorizada quando se busca um emprego nesta área. E o segundo tem suas vantagens já que isso acaba sendo uma estratégia já provada. Criar portfolios, e Reels para determinado publico que você atende, podendo mostrar projetos que se identifiquem mais com aquele tipo de cliente.

2. Adaptando o portfolio atual

Por mais que “adaptar” seja a temática principal deste conteúdo, eu dividi esta adaptação em duas partes. A primeira é uma adaptação literal do portfolio, e a segunda é a criação pontual de novos trabalhos para conectar ao que já possui.

Esta primeira parte se baseia em olhar para TODOS os seus projetos já criados. Sejam projetos pessoais, de estudo, para clientes, etc e identificar dentro deles os momentos em que você animou algum tipo de navegação de interface. Pode ter sido um cursor do mouse clicando em um botão, uma pequena apresentação de um aplicativo em um celular, alguns ícones animados. Se você possui alguns anos como motion designer, é bem provável que em algum momento da sua carreira você teve que representar algumas das coisas acima.

A partir dessa análise, é hora de simplesmente juntar tudo em um único lugar – provavelmente o Reel seria o mais efetivo – e com isso você tem a base, ou então todo o seu conteúdo necessário para adaptar o seu trabalho.

Mas é claro, pode ser que estes não sejam os melhores momentos do seu trabalho, onde as curvas de animação estão as mais perfeitas e onde você conseguiu usar todo o seu potencial do motion. Porém, por mais que isto sejam fatores importantíssimos, quando algum cliente ou recrutador estiver analisando o seu trabalho, eles irão se identificar muito mais com elementos e aspectos que fazem parte do universo deles, do que a sua curva perfeita em algo que para eles não há conexão.

3. Construção e Ampliação através de projetos autorais

Por mais que para alguns, fazer este olhar para o passado possa ser o suficiente para se ter um reel bem estruturado e mostre uma gama de coisas relacionadas ao universo do UX Motion, a realidade é que para alguns, eles não terão nada relacionado para mostrar, ou o que eles tem não acaba sendo o suficiente para nem se tornar um reel curto, sequer. Se este é teu caso, fica tranquilo.

O próximo passo é construir aquilo que está faltando para dar o toque final no teu portfolio, ou até para que você de fato possua um portfolio voltado para o UX Motion. E nessa parte é onde os projetos autorais, ou projeto pessoais, tem um grande impacto.

Não é de hoje que projetos pessoais são mencionados como uma maneira de se construir um portfolio. A verdade é que isso nunca deixará de ser aconselhado, pois quando não se tem projetos específicos daquilo que você quer buscar, a melhor maneira é criar você mesmo.

Na construção ou ampliação de um portfolio autoral de ux motion, existem dois caminhos que diria ser o essencial para você focar:

1. Microinterações:

A animação de microinterações é a maneira mais rápida de um motion designer conseguir aplicar seu conhecimento em algo que quem é da área de produto irá rapidamente se identificar. Essas animações são mais práticas e também acabam oferecendo mais liberdade de criação.

2. Navegações de interface:

Aqui estamos falando de desenvolver algo mais completo. Obviamente isto leva mais tempo, porém pode ter mais impacto. Principalmente quando se pensa na apresentação dessa interface, colocando por exemplo em um mockup bem feito, dando uma sensação maior de que um usuário está interagindo com aquela interface, e até pensando na forma de apresentação dessa “narrativa”.

E qual a melhor maneira de apresentar seu portfolio?

Você consegue criar qualquer tipo de portfolio em UX Motion, adaptar o que você já tem do seu trabalho como motion designer, e amplificá-lo conforme necessário. Você pode partir desde um reel pequeno em torno de 30 segundos, até estudos de casos completos.

Quando me perguntam qual a melhor maneira de se divulgar profissionalmente, se um reel ou um estudo de caso, a minha resposta é sempre os dois – por mais que muitos não gostem de ouvir isso. Basta pensar que o seu demo reel é seu cartão visitas, aquilo que permite que as portas se abram e que as pessoas te conheçam. Já os estudos de casos (que podem estar em seu site pessoal, ou até mesmo em seu Instagram ou Behance de forma bem estruturada), são o que irão diferenciar você dos outros profissionais.

Principalmente em uma área como é o UX Motion, em que o porquê do que fazemos é tão importante do que o como fazemos, nos estudos de casos é onde você consegue falar sobre as decisões feitas, o que era sua proposta inicial, como alcançou isso, suas referências, o impacto do que foi feito em uma interface, como isso auxilia na usabilidade, etc.

Não se esqueça do propósito

Independentemente da forma que você utilizar para divulgar seus portfolio de UX Motion, nunca se esqueça da parte fundamental desta área que é a construção de animações com propósito. As animações que seguem os princípios fundamentais do UX Motion e que possuem uma preocupação de usabilidade, além do visual, são extremamente bem valorizados.

Em muitos casos, quem estará analisando seu portfolio pode não ser na área de UX Motion, ou até do Motion Design, e sim alguém diretamente relacionado com um produto (aplicativo ou software). Estas pessoas são as primeiras a apontarem e identificarem que algo ali é meramente estético, que não é aplicável na realidade de um produto, ou que não traz nenhum benefício para o usuário (ou só piora a navegação).

Por isso preste bastante atenção e construa o portfolio que seja capaz de mostrar ao máximo às suas capacidades de animador, com o máximo de conhecimento possível da construção de experiências e usabilidade em uma interface. Tendo isso sempre em mente, o seu futuro nesta área, sem dúvida estará garantido. 😉

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    Felippe Silveira
    Felippe Silveira
    Co-Fundador do UX Motion Design, da MOWE Studio (Estados Unidos) e Mestre em Motion Design pela BAU School of Design (Espanha) encarregado de projetos de Motion para clientes como: Google, Adobe, Pepsico, Pfizer, Zeplin, entre outros.